sábado, 15 de dezembro de 2012

Escrever..... minha necessidade

Por que essa vontade incontida de escrever?
Um desejo   de expor as palavras que não são ditas
Contar coisas da minha vida
Do que eu imagino ser
Ou coisas que não chegaram sequer a acontecer

Assim saem meus mêdos,
Minhas angústias,
meus enredos,
minhas saudades,
minhas declarações de  amizades.......
.......as coisas que eu imaginei um dia ter.

Se faladas elas, ditas palavras
Saem até sem querer,
Muitas vezes saem  gritadas
Outras vezes gagueijadas
E não podem, sequer, serem  apagadas
Elas soam como pancadas.

Escrevendo imagino o meu destino
Aquele dos sonhos do eu menino
Forte, absoluto
Do menino: pode tudo
Diferente do eu feminino
calado, mudo, mufino.

Nascida em uma época de crianças sem vontades
Sem palavras ditas nas horas queridas
Faladas só  quando eram  mandadas
Uma época de palavras castradas.
De meias palavras, sem liberdades.

Hoje escrevo até  sobre os amores
Como eles deveriam ser
Dialogo com meu bem querer
Idealizo como ele deveria ser
Sem que ele tenha um rosto
Mas que faça meu sonho acontecer

Escrever
Tem sido a minha saída,
Minha rota de fuga
Um jeito de sonhar sem culpa
A minha ida a um mundo que eu  pude mas não cheguei a ter
Ou o  que eu  queria que fosse,  realmente, meu modo de viver

Certamente  escrevo assim por vontade Divina
De outro forma as palavras sairiam acanhadas ou
Faladas num tom jocozo, de um modo perigoso
Entendidas de outra forma
Que aquela que gostaria que chegassem aos ouvidos
De quem estivesse a se entender  comigo
Escrevo de um jeito compelido, como uma sina
Com Deus soprando as palavras  aos meus ouvidos


Palavras faladas..... só aquelas do gozo
Que saem  molhadas de suor gostoso. 
Sussurandas ou gritando
Por cima, ou por debaixo dos panos
Palavras de dois seres humanos
Ditadas pelo prazer do amor,
Que valem à pena serem ditas
Sejam lá do jeito que for.

Escrevo o que penso, o que ouço e muitas vezes....
...Escrevro coisas que  ouso,
Imagino-as e passo a viver,
Da mesma forma como estou a escreve.
Isso me dá um imenso prazer!

Que Deus não me faça perder o prumo
E que meus dedos sempre tomem o rumo
De um teclado qualquer
Essa é a minha esperança
Para que eu nele bata com os dedos
Palavras que saiam sem mêdo, do fundo do meu coração,
Feito estrelinhas em vara de condão
Das fadas de contos de crianças

Assim registrarei minhas lembranças
E não deixarei trancados os meus sentimentos
Posso expor minhas alegrias, meus lamentos
Meus sonhos, meus pensamentos.
É minha  forma de liberdade no momento.
Sempre que quiser posso voltar a ser criança
Ser até um cavaleiro com lança
Lutando contra o eu não poder ser.

Meu Deus me deixa sempre escrever! 
































































































































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