Não só os artigos são indefinidos, são também as lágrimas, os beijos e os gemidos, os sorrisos, os sentimentos e os sentidos, o som do vento soprado aos meus ouvidos. Não consigo definir a sensação que hoje habita o meu forte e carente coração. Não sei se ignoro, ou dou a outra face, se me apresento simples ou com disfarce, com certeza ou presunção, diante daquelas míseras pessoas que tentam fazer da minha vida uma eterna indefinição. Ora há uma guerreira pronta pra saltar do meu peito e eu nem mesmo sei direito que batalha terei que enfrentar. Sinto-me, as vezes, pronta para a luta, me sinto forte, disposta, resoluta. Mas estou pronta pra lutar qual luta? Indefinida, dou um passo atrás, titubeante eu já nem sei ao certo se vou à luta ou se peço paz. Lutas contrárias, desonestas, desiguais. entre os que não têm nada contra os que têm demais. Luta da inteligência contra a força bruta, a do amor no peito contra o desamor? Será isso mesmo uma luta? Uma honesta e franca disputa?? Nessas não quero entrar, corro, me escondo, me rendo, bato em retirada, sou covarde para essa guerra de nada. Lutas injustas, contraditórias, nenhuma delas vale a vitória. Nenhuma delas nos tornam mais capazes. Lutas que nos fazem quase animais, feras covardes caçando bichos doentes, capengas....caças decadentes, fracas, impotentes, incapazes de em defesa mostrarem seus dentes. Luta de saciados contra quem não tem nada na barriga, briga de pessoas sãs com outras combalidas. Indefinida essa nossa vida! Quem é capaz de distiguir ao certo se é miragem ou se é oásis o que se vê no ferver do deserto? Quem define sem titubear, com a certeza que não vai errar, de relance, num simples olhar, se uma lágrima é alegre ou sofrida? Elas são iguais até na caída, no rolar na face, na descida, indefinidas não nos dão sinais. Lágrimas brotam dando vazão à alma, umas ligeiras, outras com muita calma. Indefinida, vida indefinida! Cheia de lágrimas que banham nossos rostos, de surpresas, lutos, vibrações e desgostos. Vida cheia de becos, muitos sem saída, de avenidas, de encruzilhadas que nos desnorteiam a caminhada, que nos fazem saber que na vida nada é nada.Não há mapas bem delimitados e que sempre existe a dúvida do certo e do errado. Umas coisas têm, outras não têm motivo. Não sei se o que escrevo tem ou não sentido. Só sei que sigo a minha caminhada, ora sozinha, ora acompanhada, com a certeza que não sei de nada e com a dúvida se me dão ouvidos.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Brincando com a vida.
Já entendi tudo. Você está brincando, não é?? Essa maneira como você age comigo só pode fazer parte de um jogo. Se é assim entenda que eu cresci e você também cresceu. O tempo de brincar já passou, morreu. Porque você insiste nisso? Vou usar uma linguagem infantil pra vê se você compreende, pois no meu português maduro você se faz de surdo-mudo. Melhor isso: Cessou!!!! Tô na mancha!!!! Toquei!!! Compreendeu???? Nem entendo do que você está brincando. Não sei se é de se esconder, de estátua, de "tô de mau" ou do quê??? Me explique! Não quero continuar, já te disse! Sou alegre mas não nasci pra ser palhaça. Por acaso estou com o nariz pintado de vermelho?? Deixa eu me olhar no espelho.Não vejo nada! Minha cara está lavada, limpa, descaracterizada de qualquer personagem que sirva pra fazer piada. Se é de pega a brincadeira, estou muito atrás de você. Se for de queimado os seu ataques já me tosquiaram a alma e muitas vezes fui para o fim do campo, chorar meu pranto e você nem ligou. Não gosto disso! Eu te avisei mil vezes. Não foi esse nosso compromisso. Gosto de rir, de me divertir; mas não de ser passada pra trás. E você acha graça do que faz?? Não há motivos pra risos. Cansei parei, não uso guisos. Nem sirvo pra bobo da corte. Sou gente, sentida com alma doída. Minha vida já foi um carrocel, uma montanha Russa, foi até túnel do amor e câmara de terror, foi até brincadeira de passar o anel. Foi sim!! Te asseguro! Hoje, não quero brincadeira. Quero viver da minha maneira, estou farta de baboseiras.Eu juro! Me iludi com as suas juras que irias ladrilhar a rua só pra me ver passar e nada fizesse pra melhorar meu caminho nem meu caminhar. Roubaste meu coração e sequer deixaste eu entrar no seu. E veja no que deu! Nem precisei entra no bosque pra encontrar o anjo que se chama Solidão, achei-o há tempos, vindo direto em minha direção. Sinto-me no meio de uma roda, de olhos vedados, tentando alcançar alguém que foge de mim.... enfim, não alcanço ninguém, Que pena! No início não era assim!!Encontrei na vida tantos cavalheiros e mesmo sem me chamar Terezinha de Jesus, eles me estenderam a mão e eu nem estava caída ao chão. Mas não eram as mãos deles que eu queria. Queria a sua companhia, para sentados olhar a lua e ver amanhecer o dia, segurando firme a sua mão. Não quero mais brincar de nada! Nem de pular amarelinha na calçada, de barra bandeira ou da dança das cadeiras. Essa eu brinquei e restei sozinha, sentada, arrodiada do nada, perdida nos sonhos e chorando a desilusão de não ter sido agraciada com o abraço da pessoa mais amada, por ter ganho a brincadeira. Tudo isso já passei e o tempo também passou. Agora eu não sinto mais nada, já é tarde, parei, estou cansada!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Eu sinto que sinto... e não invento, nem minto
Amei, amei muito, amo e amarei mais ainda! Amei e amo sem vergonha de errar. Amei e amo porque acho o amor um sentimento nobre e escasso naqueles que são pobres de espírito, e esse não é o meu caso.Está faltando amor em nosso Espaço. Amo meus filhos, meus irmãos, meus animais, meus amigos, o ar que respiro, meus parentes de todos os graus, minhas músicas prediletas, minhas relíquias diletas, meus temores, e até meus desamores. Paradoxo, não??? Mas eu sou assim. Conheça um pouco de mim. Eu sinto que sinto e te juro; não minto.
Não importa!!!!!!!! Valorizo o ser humano, a beleza, a natureza. Nesse assunto não quero ser qualificada de covarde. Amar, amar e amar sem mesquinhez. Amar aos poucos ou de uma só vez.
Amei demasiadamente pessoas que julguei, erradamente, que me amariam na mesma intensidade que eu.......... e quebrei a cara. Amei julgando que o amor me levaria a ter companhia, parceria pelo resto de minha vida mas só tive por uns tantos dias............. e quebrei a cara. Amei, amores passados e o Passado, Amei o Presente, os amores ausentes............... e quebrei a cara. Continuo amando e sigo em frente! Não desisto simplesmente. Não quero desacreditar no amor. Quero viver na ilusão de que ele, esse insistente amor, pode ser eterno quando verdadeiro, sincero e intrigante.Ora perene, ora inconstante. Sou romântica, sonhadora e renitente e, se por isso eu me der mau e de novo, quebrar a cara ..........kkkkk..... mesmo assim... continuarei amando e vierei contente.
Morrerei amando, pessoas reais, pessoas que imagino, que fantasio, que construo em minha mente. Qualidades de um conhecido com a de outros que nem conheci, de uns que li em livros, que vi em revistas, admirei em gibis, que acompanhei em filmes assistidos, outros só contados ao pé do ouvido, de casos que li em jornais e outros sabidos em fatos descritos e que foram leais e juntarei tudo num Frankstein criado de retalhos de amores desejados, sentidos, chorados, perdidos, achados, renovados, desencontrados, mas, acima de tudo, amados.
Me entristece a covardia daqueles que não se entregam, que não amam só pelo medo de sofrer.Agem assim e deixam de viver, por omissão fazem a quem os amam padecerem. Se eu morrer hoje, certamente morrerei amando. Morrerei cheia de amores. Ah!!! E de muitas dores de amores!!! Levarei, certamente, as lembranas geradas por tantos fracassos, por sentimentos conjugados, uns apenas, na primeira pessoa do singular. Muitos amores velados, outros aclamados e declarados. Quais, quem e o quê??? Ah! Isso pouco importa!!!! Nem mesmo eu saberia dar essa resposta. Amo a vida, me amo, amo a Deus que me deu esse jeito escancarado de querer amar as pessoas, embora muitas vezes isso me doa. Amo o tempo, o mar, o firmamento, amo o sol, a lua, as cores, o vento e seus açoites, a música e a noite. Amo o silêncio, o barulho e a alegria.
Amo o tanto que respiro e só pararei de amar quando em meus pulmões não restar nem um sopro de ar, para eu dar o último suspiro de amor, seja por uma pessoa, uma simples flor, por um minúsculo e intrépido beija-flor, ou pelo som de um leve beijo em meu ouvido. Por qualquer uma dessas coisas a vida pra mim terá feito sentido. O amor.......sempre o Amor!!!!
Me entristece a covardia daqueles que não se entregam, que não amam só pelo medo de sofrer.Agem assim e deixam de viver, por omissão fazem a quem os amam padecerem. Se eu morrer hoje, certamente morrerei amando. Morrerei cheia de amores. Ah!!! E de muitas dores de amores!!! Levarei, certamente, as lembranas geradas por tantos fracassos, por sentimentos conjugados, uns apenas, na primeira pessoa do singular. Muitos amores velados, outros aclamados e declarados. Quais, quem e o quê??? Ah! Isso pouco importa!!!! Nem mesmo eu saberia dar essa resposta. Amo a vida, me amo, amo a Deus que me deu esse jeito escancarado de querer amar as pessoas, embora muitas vezes isso me doa. Amo o tempo, o mar, o firmamento, amo o sol, a lua, as cores, o vento e seus açoites, a música e a noite. Amo o silêncio, o barulho e a alegria.
Amo o tanto que respiro e só pararei de amar quando em meus pulmões não restar nem um sopro de ar, para eu dar o último suspiro de amor, seja por uma pessoa, uma simples flor, por um minúsculo e intrépido beija-flor, ou pelo som de um leve beijo em meu ouvido. Por qualquer uma dessas coisas a vida pra mim terá feito sentido. O amor.......sempre o Amor!!!!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Corrente de amigos
Fico triste quando ouço, leio ou vejo pessoas que dizem que contam os amigos que têm nos dedos da mão. Pergunto-me onde estão os que conviveram com eles na infãncia, adolescênia, vizinhança, no trabalho, na escola, enfim, em tantos e tantos lugares onde encontramos pessoas e firmamos laços. Por onde andaram essas estranhas criaturas??. Sei que não sou exceção por me faltarem dedos para contar as tantas pessoas tão importantes na minha vida. Algumas arregimentadas, acolhidas em tempos tão longínquos que nos confundimos se somos amigos ou se somos irmães e irmãos. Outros laços formados recentemente e nem por isso de importância menor, são como os demais, amigos indispensáveis, conquistas memoráveis, tão importante quanto as demais.
Nem falo dos meus filhos, netos, genro e noras. Esses são um caso a parte. Eles são minha vida, a minha continuação, são meus tesouros. Não que meus amigos não os sejam, nem que eles não sejam meus grandes amigos. Mas é que entre família a coisa é mais de entranhas, de gestação, de laços sanguineos, de cordões umbilicais e da sorte e da Dádiva divina explícitas nas escolhas que os meus filhos fizeram de seus pares.. Eles me deram filhas e filho em vez de noras e genro e e diamantes em forma de netos.
Pra mim amizade "é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito", como diz o poeta e completo a frase: guardadas pra eternidade. Não é coisa descartável que hora está conosco, ao nosso lado e depois amassamos e jogamos na lata do lixo.
Cada amigo ou amiga, tem uma parte da história da minha vida contida, guardada, presenciada, compartilhada, para numa hora qualquer ser contada, ou serem silenciadas pois foram coisas ditas em segredo guardadas a sete chaves relatadas em confiana por sermos grandes amigos. Muitas delas que as vezes nem eu me lembrava e que eles contam em detalhes fazendo tudo vir à tona, como um filme de verdade.
E se nos reunimos num número grande de amigos, aí... sei não... saem coisas do arco da velha.!!! Coisas engraçadas, coisas comoventes, momentos tão importantes em que eles estavam presentes. Aí rimos, choramos de alegria, as vezes de emoção. São momentos tão importantes que fazem um bem enorme pra todos nós. Declaramos nos amarmos recíprocamente..
Os meus amigos também têm muitos amigos. Formamos uma enorme tribo. Somos, como costumo dizer, farinha do mesmo saco, jarro do mesmo molde mas de materiais diferentes. Somos o que somos e não precisamor fingir, respeitamos uns aos outros e somoso diferentes. Passamos tempos sem nos ver mas a alegria do reencontro preenche todo vazio do tempo em que estivemos distantes. Pra nós o que vale são os laços que nos unem, que nos ligaram para sempre.
E se nos reunimos num número grande de amigos, aí... sei não... saem coisas do arco da velha.!!! Coisas engraçadas, coisas comoventes, momentos tão importantes em que eles estavam presentes. Aí rimos, choramos de alegria, as vezes de emoção. São momentos tão importantes que fazem um bem enorme pra todos nós. Declaramos nos amarmos recíprocamente..
Os meus amigos também têm muitos amigos. Formamos uma enorme tribo. Somos, como costumo dizer, farinha do mesmo saco, jarro do mesmo molde mas de materiais diferentes. Somos o que somos e não precisamor fingir, respeitamos uns aos outros e somoso diferentes. Passamos tempos sem nos ver mas a alegria do reencontro preenche todo vazio do tempo em que estivemos distantes. Pra nós o que vale são os laços que nos unem, que nos ligaram para sempre.
Alguém aí tem dedos pra emprestar pra gente? queremos contar quantos somos, quantos elos formam nossa corrente.
Um álbum chamado Felicidade
Devíamos nos acostumar que a vida segue o caminho dela e não somos nós os únicos a dirigí-la. Tantas lutas, tantas vitórias e derrotas que não decorrem apenas de nós. Felizmente, e apesar disso tudo, continuamos sonhando e acreditando que chegaremos onde planejávamos. Agora, por outros caminhos que não os traçados lá na frente. Mas sempre haverão novos caminhos, mas nem sempre escolheremos o que nos levará direto ao nosso alvo. A vida é assim! Hoje vivo uma vida totalmente díspare com meus sonhos. Sujeito-me a ela para evitar transtornos maiores. Conforto-me na certeza que nada é eterno e que um dia terá um fim. Desejaria que fosse o que eu sonho mas a vida é quase absoluta. Ela dita as regras. Essa de que cada um faz seu destino é balela. Cada um deve, sim, lutar pelo que deseja mas certos de que nem sempre alcançamos aquilo pelo qual lutamos ou às vezes até alcançamos para perdê-lo mais na frente. Estendo isso às coisas sentimentais, materiais e até espirituais, porque por mais fé que tenhamos e orações que façamos os pedidos nem sempre são satisfeitos. Só recebemos o que merecemos, dizem. Mas me questiono muito sobre isso. Busco justificativa para certas coisas que passei e que passo que, a meu mero julgamento, não consigo descobrir onde errei para merecê-los. Assim, diante de um fracaço refaço meu plano de voo. Traço novas rotas, novas metas e mesmo avisando à torre de comando que irei seguí-las não tenho a certeza de que elas serão cumpridas na íntegra. Nem sempre somos avisados, com antecedência, das mudanças climáticas e de súbito nos surgem verdadeiros vendavais.
Espero continuar confiante, sonhadora, desacomodada e inconformada com as derrotas. Assim me manterei sempre firme, no propósito de alcançar a tão sonhada felicidade, mesmo sabendo que ela não é eterna. A felicidade são momentos e quero vivê-los e juntá-los para que formem um álbum ao modelo daqueles álbuns de fotografia de antigamente, para que nos meus dias finais eu possa contemplar suas páginas e recordar a felicidade estampada em cada cena que retratará a alegria dos belos momentos que desfrutei. Eles saltarão do álbum como mágica e serão vislumbrados ente lágrimas que escorrerão sinalizando a saudade latente em meu coração. E a despeito delas, os meus lábios teimarão em esboçar um sorriso, ante as lembranças que surgirão como se fossem slides.
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