quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Indefin..............IDA

Não só os artigos são indefinidos, são também as lágrimas, os beijos e os gemidos, os sorrisos,  os sentimentos  e os sentidos, o som do vento soprado  aos meus ouvidos. Não consigo definir a sensação que hoje habita o meu  forte e carente coração. Não sei se ignoro, ou dou a outra face, se me apresento simples ou com disfarce, com certeza ou presunção, diante daquelas míseras pessoas que   tentam fazer da minha vida uma eterna indefinição. Ora há uma guerreira pronta pra saltar do  meu peito e eu nem mesmo sei direito que batalha terei que enfrentar. Sinto-me, as vezes,  pronta para a luta, me sinto forte, disposta,  resoluta.  Mas estou pronta pra  lutar qual luta? Indefinida, dou um passo atrás, titubeante eu já nem sei ao certo   se vou à luta ou se peço paz. Lutas contrárias, desonestas, desiguais. entre os que não têm nada contra os que têm demais. Luta  da inteligência contra a força bruta, a  do amor no peito contra o desamor?  Será isso mesmo uma luta? Uma honesta e franca disputa?? Nessas  não quero entrar, corro, me escondo,  me rendo, bato em retirada, sou covarde para essa guerra de nada.    Lutas injustas, contraditórias, nenhuma delas vale a vitória. Nenhuma delas nos tornam mais capazes. Lutas que nos fazem  quase animais, feras  covardes caçando bichos doentes, capengas....caças decadentes,  fracas, impotentes, incapazes de em defesa mostrarem seus dentes. Luta de saciados contra quem não tem nada na barriga, briga de pessoas sãs com outras  combalidas. Indefinida essa nossa vida! Quem é capaz de distiguir  ao certo se é miragem ou se é oásis  o que se vê no ferver do deserto? Quem define sem titubear, com a certeza que não vai errar, de relance, num simples olhar, se  uma lágrima é alegre ou sofrida?  Elas são iguais até na caída, no rolar na face, na descida, indefinidas não nos dão sinais.  Lágrimas brotam dando vazão à alma, umas ligeiras, outras com muita calma.  Indefinida, vida indefinida! Cheia de lágrimas que banham nossos rostos, de surpresas, lutos, vibrações e desgostos. Vida cheia de becos, muitos sem saída, de avenidas, de encruzilhadas que nos desnorteiam a caminhada, que nos fazem saber que na vida  nada é nada.Não há   mapas bem delimitados e que sempre existe a dúvida do certo e do errado.  Umas coisas têm, outras  não têm motivo. Não sei se o que escrevo tem ou não sentido. Só sei que sigo a minha caminhada, ora sozinha, ora acompanhada, com  a certeza que não sei de nada e com a dúvida se me dão ouvidos.

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