quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Corrente de amigos

           Fico triste quando ouço, leio ou vejo pessoas  que dizem que contam os amigos que têm nos dedos da mão. Pergunto-me onde estão os que conviveram com eles  na infãncia, adolescênia, vizinhança,  no trabalho, na escola,  enfim, em tantos e tantos lugares onde encontramos pessoas e firmamos laços. Por onde andaram essas estranhas criaturas??. Sei que não sou exceção por me faltarem dedos para contar as tantas pessoas tão importantes na minha vida. Algumas arregimentadas, acolhidas em tempos tão longínquos que nos confundimos se somos amigos ou se somos irmães e irmãos. Outros laços formados recentemente  e nem por isso de importância menor, são  como os demais, amigos indispensáveis, conquistas memoráveis, tão importante quanto as demais.
              Nem falo dos meus filhos, netos, genro e noras. Esses são um caso a parte. Eles são minha vida, a minha continuação, são meus tesouros. Não que meus amigos não os sejam, nem que eles não sejam meus grandes amigos. Mas é que entre família a coisa é mais de entranhas, de gestação, de laços sanguineos, de cordões umbilicais e da sorte e da Dádiva divina  explícitas  nas escolhas que os meus  filhos fizeram de seus pares.. Eles  me deram filhas e filho em vez de noras e genro e  e diamantes em forma de netos.
          Pra mim amizade "é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito", como diz o poeta e completo a frase: guardadas pra eternidade. Não é coisa descartável que hora está conosco, ao nosso lado e depois amassamos e jogamos na lata do lixo.
          Cada amigo ou amiga, tem uma parte da história da minha vida contida, guardada, presenciada, compartilhada, para numa hora qualquer ser contada, ou serem silenciadas pois foram  coisas ditas em segredo guardadas a sete chaves relatadas em confiana por sermos grandes amigos. Muitas delas que as vezes nem eu me lembrava  e que eles contam em detalhes fazendo tudo vir  à tona, como um filme de verdade.
            E se nos reunimos num número grande de amigos, aí... sei não... saem coisas do arco da velha.!!! Coisas engraçadas, coisas comoventes, momentos tão importantes em que eles estavam presentes.  Aí rimos, choramos de alegria, as vezes de emoção. São momentos tão importantes que fazem um bem enorme pra todos nós. Declaramos nos amarmos recíprocamente..
            Os meus amigos também têm muitos amigos. Formamos uma enorme tribo. Somos, como costumo dizer, farinha do mesmo saco, jarro do mesmo molde mas de materiais diferentes. Somos o que somos e não precisamor fingir, respeitamos uns aos outros e somoso diferentes. Passamos tempos sem nos ver mas a alegria do reencontro preenche todo vazio do tempo em que estivemos distantes. Pra nós o que vale são os laços que nos unem, que nos ligaram para sempre.
                    Alguém  aí tem dedos  pra emprestar pra gente? queremos contar quantos somos, quantos elos formam nossa corrente.  

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