domingo, 28 de agosto de 2011

A Grande Valsa

               Farei um convite a vocês: Dancemos todos uma Danúbio Azul, a maravilhosa valsa de Strauss. De forma imaginária, rodopiando pela vida, aporveitando cada minuto para admirarmos o que nos cerca, o que encanta antes da nossa partida. 
                Uma festa engalanada com todas as coisa belas, com quais Deus nos agraciou. Decorador  de um palco lindo colorido,florido e diverso. Ele nos colocou num Salão de Festa Magistral, com um público imenso a observar nossos passos, nossos volteios, nossos rodopios. De alguns até recebemos elogios e outros até riem dos nossos descompassos.
               Imaginemos  gorgeios dos pássaros dos nossos jardins, dos nossos quintais ou das varandas dos nossos apartamentos como sons de músicos que tocam violinos afinados  e que nos impulsionam a valsar. Complementado pela melodia das águas, que purificam a gente e tornam a música diferente. Um coral se junta para compor a Orquestra: o burburinho de nossos filhos reunidos em festa, os lindos risos dos nossos netos, os nossos próprios risos quando reunidos com os que são nossos amigos o riso dos nossos ente queridos, dos que nos são diletos. Tudo é valsa aos nossos ouvidos.
              Tantos se foram desse baile, sem pré-aviso, antes da hora combinada, alguns sem sequer serem percebidos, uns indiferente, outros odiados, e tantos muito queridos. 
             Valsemos sempre....sozinhos ou acompanhados, tanto faz, valsemos!!! Convidarei alguém para dançar comigo!
               Se vocês estiverem sozinhos, não liguem, valsem diferente, pois o que importa são os pares que carregamos em nossas mentes, os que estão a nossa frente nem sempre estão no compasso, nem sempre acompanham a gente, sequer sabem dos nossos passos.Valsemos com os que ficam em  nossos corações e o com som que ecoa em nossos ouvidos, com o pulsar dos nossos corações.
                Nossos velhos amores, nossos amores atuais ou mesmo aqueles com os quais, na verdade, nunca compartilhamos nossas vidas, mas  a quem um dia nós contamos nossas dores, nossos rancores, dedicamos nossos amores.... os que  em nossas mentes  são ou foram nossos pares ideais, nossas notas iguais.
                A valsa pede três compassos, um olhar, mão na mão, corpos eretos, cabeça erguida, muita elegância, uma certa distância para dar mais brilho aos passos dados, aos volteios às cabeças delicadamente balançadas; igual como devemos caminhar na vida. Lembrando sempre de não trombar com o casal do lado!
                A valsa é curta, não sabemos ao certo quando vamos parar. Não temos ideia   de quando vamos ser impedidos de dançar ou mesmo  quando vamos esquecer que a música está tocando. Quando ficaremos parados, deitados ou mesmo imobilizados em uma cadeira, assistindo aos outros usufruirem da música tão bela, ou se seremos retirados do baile sem sequer sermos avisados...... simplesmente seremos afastados, sem dar tempo de um furtivo piscar de olho  ao ser amado,   um breve aceno ou uma simples despedida.  
               Valsemos num baile para o qual   recebemos convites diferentes, viemos e encontramos um monte de gente já dançando no salão e   uma valsa suave tocando no ambiente nos convida a estarmos sempre contentes, cordiais, formando belos pares, lindos casais ou pessoas sozinhas que dançam pelo  simples prazer de dançar
           Valsemos.... valsemos muito, muito porque o baile é belo, mas pra nós ele  não é eterno!!!  
           Dele, quando saírmos, só levaremos as lembranças dos sons que ouvimos, o calor dos pares com os quais dividimos....... a música tão suave e serena que mesmo com nossa saída continuará a tocar........ e o soar das palmas dos que nos assitiram.

Um comentário:

  1. Oi Beth...
    Adorei seu texto.
    Sensibilidade, delicadeza e clareza.
    Me fez recordar...apenas...recordar...
    Beijinho no seu coração,
    não nos abandone.
    Dionete
    cantinhoreflexoes.blogspot.com

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