terça-feira, 13 de maio de 2014

Eu menina



 E porque me chamas de menina eu me encanto e aqui deste canto meu coração soa borboletas. Olho para o céu e o vejo azul violeta, daltonismo de quem sonha e pensa tolices. Enfim, saiu do casulo, me espreito pelas brechas do muro e vejo um quintal florido. Sinto meus dedos, condoídos, rígidos. Meus ouvidos me feriam as palavras, mesmo aquelas saídas do fundo de min'alma, para meu consôlo. Insegurança, desconfiança que essa liberdade seja ficta, passageira. Romperam-se tantas grades desta vida,  que o sol, agora, me espanta, me encandeia, mas me enche de esperança.  
Enfim,  livre como inseto fora da teia!
Ouço o vento ordenar:  Corre  como criança, há um imenso campo a tua espera, te veste de quimera, arma-te com teu carinho e te entrega! Existem poucas e raras pontes nessa terra, uma está a tua frente. Não te finjas de demente. Sente, que tudo está do lado de lá, onde terás outro nome, outro perfume e te livrarás do lume do infernos que viveste do lado de cá.
       

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