terça-feira, 13 de maio de 2014

Ode ao Pequeno Príncipe


       
Travesti-me de raposa e antecipei-me a tua chegada. Fiquei calma a tua espera. Sabia que cedo ou tarde, hoje ou amanhã, darias bom dia. Acordei-me antes do romper da aurora. Esperava eu, agora rosa, ser aquela onde descobririas que a procura havia terminado. Sei que as flores são estranhas, mas eu sou especial pois me cativastes. E por isso serei única. Sabes? "Tu és responsável por aquilo que cativas". Meu mundo continua pequeno e nele ainda não vendem amores. Por isso os amigos são caros e raros, mas os que cativei e me cativaram são fiéis e eu a eles. Quando as pessoas passam por nossa vida, nós cativam, sentimos o amor. Daí nunca mais seremos os mesmos pois, "cada pessoa é única, cada amor é único". uns passam e deixam algo de si, outros passam e levam um pouco de nós e outros não deixam ou levam nada. Amam por amor. Portanto, a cada amor nós tornamos diferentes. Aprendi que o amor não  deve ser possessivo; se quer escravizar não é amor, é posse. Amor é livre. "Só se deve exigir de alguém aquilo que se pode dar". Por ti me esforçarei a ser a mais bela das flores, tendo várias camadas de pétalas. As que existem por aí são simples, comuns.
Não espero que tenhas os cabelos com cachinhos dourados, sei que os tens platinados, nem que uses manto azul, conheci tua imagem com terno preto, camisa branca; pois que a roupa seja uma qualquer. É só uma embalagem. " O essencial é invisível aos olhos". Se me cativares tudo em ti irá me encantar.
        

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