quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Minha regra de vida

  Quero lutar para me fazer ser entendida. Não quero nada pela metade, no" compreendi mais ou menos". Eu quero o mais, o menos eu descarto, apago, deleto. Usei da ponderação, da aceitação impassível ao longo de parte da minha vida e restou-me, apenas, o que era muito e esse muito eu não quero estragar com jogo de palavras, de cobrança, de satisfações. Acredito que essa é uma posição que se eu já houvesse disponibilizado dela há anos atrás o quadro de minha vida estaria pintado com outra paisagem, com cores mais definidas. Não mudaria, como não mudei, minha essência. Essa mantenho-a imaculada. Quero amar sem reservas, odiar sem generalizar, perdoar sem querer ser a reencarnação de Madre Tereza. Quero perdoar com a certeza que não esquecerei o que me fez sofrer. Ser íntegra nas minhas atitudes, embora pague um preço caríssimo por ser assim. Vi e vejo meus sentimentos serem tratados de forma banal. Mas isso não me modifica. Me magoa mas não me destroi. Me reconstruo a cada derrocada, a cada queda levanto-me com mais vontade de caminhar, a despeito das dores no corpo,  das cicatrizes e dos sinais tatuados n'álma, provocados pelas quedas. Assim sou eu. Assim você me conheceu. Mantenho-me assim há longos 58 anos. Sei que não terei outros tantos para permanecer dessa maneira. Mais pra frente, certamente,talvez nem saiba  mais quem sou, mas enquanto a minha consciência se mantiver plena, nao direi intacta pois vez  por outra ela me falha, como ocorre com  qualquer pessoa que ultrapassou os 50, procurarei manter as coisas que me são caras. Não em termos materiais porque esses eu não dou valor. Digo das coisas sentimentais, espirituais, das que me fazem ser melhor, diferente de um monte de gente que vive para viver, seguindo regras e não se acrescendo do essêncial à vida: A qualidade de querer ser melhor. Pois eu quero isso! Quero estar conhecendo mais a essência do que as coisas, o cheiro das flores mais que o seu formato, cor e beleza visuais, certa que estou que um dia perderei a possibilidade de enxergá-las. Quando isso acontecer poderei remontar na memoria sua beleza valendo-me da memória olfativa, pelo simples recordar do seu odor. Assim farei com os sentimentos que nutro pelas pessoas. Guardarei-os como patrimônio pessoal e remontarei cada um deles ao lembrar-me do que a pessoa transmitiu em sentimento de amor e carinho para mim. Sua energia já impregnou meu cérebro e certamente o encontrarei, mesmo que a visão não esteja mais apurada, tantas e quantas vezes eu buscá-lo em meus pensamentos. Sempre terei a capacidade de remontá-lo sem mácula, sem defeitos, íntegro, pois é assim que eu armazeno aqueles que me foram e são caros, raros, únicos. Os defeitos são o de menos e esses eu ignoro, não registro. Simplesmente deleto!!!!!!

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