quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Meu Natal é às avessas.

Como me despir de um sentimento do qual, todos estão  imbuídos dele??? Pois é, perdi a alegria do Natal  desde quando descobri que Papai Noel não existia, isso por volta dos meus cinco, seis anos. Até então acordava no dia vinte e cinco correndo para olhar embaixo da cama os presentes que Papai Noel havia deixado pra mim. Exaltante, serelepe, saltitante saía gritando contente pela casa que Papai Noel havia me presenteado com bonecas, com caixas de biscoitos, etc.Um dia alguém matou o Papai Noel em mim. O tempo, graças a Deus me fez esquecer quem foi essa desdita, essa pessoa   destruidora de sonhos. Depois desse tempo, quando escutava que o Natal e o final de ano estavam próximos, me batia uma tristeza e ela nunca mais deixou de me acompanhar nesses periodss. Não sei  explicar ao certo como foi esse processo de desencanto e de troca de sentimentos. Acho lindas as luzes, enfeites, músicas e tudo mais que envolvem as festas natalinas mas em meu coração não há alegria. Confraternizo-me com minhas amizades, minha família, me arrumo, me enfeito como pede a ocasião mas não tenho alegria. Ao contrário fico deprimida, encolhida, reservada, expondo-me só  nas festas mas de um modo  artificial, de fora pra dentro, quando deveria ser ao contrário. Minha mãe nasceu no dia 25 de dezembro e ela, para se vangloriar, que tal qual Jesus, nascera  na exata hora que o galo cantava, anunciando que era meia noite. Meio impossível um galo interiorano cantando a meia noite em ponto, mas todos fingíamos que acreditavamos no que ela contava. Eu achava interessante esse orgulho que ela estampava e com isso comemorávamos a véspera e o dia de Natal como se ela fosse o próprio menino Jesus, mas nem isso me alegrava de fato. Era uma alegria imposta pelas circunstâncias, pelas presenças, mas não era sincera, expontânea como costuma ser minha alegria. Minha mãe se foi doze dias antes do Natal e daí não me senti mais na obrigação de transparecer uma alegria que nunca tive. Piorou a tristeza com a partida dela, mas não foi a causa, foi mais um motivo. Assim, quando me desejam muita alegria nas festas de final de ano, abro meu coração para que, de fato, ela aconteça. O espírito de natal não habita a minha morada, meu corpo, minha alma. Meus olhos refletem isso a cada ano e não entendo de onde vem tanta tristeza, tanta saudade do que não sei definir ao certo. Um sentimento estranho e controverso ao meu temperamento expansivo, alegre, extrovertido. Queria acreditar que no dia 1º de janeiro as coisas poderão ser melhores, diferentes, como as que almejamos, mas vejo-o como um dia como outro qualquer, em que acordamos, com as mesmas dores, as mesmas esperanças as mesmas metas com as quais despertamos   nos demais dias do ano. Lamento tanto não compartilhar de igual para igual com todos que vibram com esse período festivo..... mas não tenho alegria nessa época. Queria ganhar de Parai Noel, se ele existisse, claro, a minha alegria de natal, o meu entusiasmo ao romper do ano de volta. Mas Papai Nel não existe e eu não tenho alegria no meu coração nessa época.  Sinto tanto mas......não tenho!!!!!

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